11 de fevereiro de 2024

Retomando o blog e Kinktionary

Aproveitando a retomada de minha vontade de escrever, gostaria de compartilhar algo que talvez muitos de vocês, caso usuários do Fetlife, não saibam. 

Talvez muitos usuários do fetlife não tenham notado ainda, mas existe dentro da comunidade uma seção chamada Kinkgtionary, ou, em uma tradução livre "Kinkycionário". Você pode acessar clicando no botão "More", no topo direito do banner, e depois em Kinktionary. 







Na seção "kinktionary" você pode ter acesso a uma série de materiais para praticantes novatos ou experientes, em uma interface limpa, fácil, muito útil para achar o assunto/termo que busca relacionado ao BDSM! Foi um belo trabalho feito pelo Fetlife!

É muito boa essa iniciativa do Fetlife, pois você consegue muito material sobre definições de práticas, termos do BDSM e segurança em um só lugar, acabando com a necessidade de acessar diversos sites e blogs. 

Muitos dos materiais indicam referências de fontes científicas, livros, artigos, estudos e outros materiais relacionados ao BDSM! Vale a pena!

Até breve!
Nork

16 de junho de 2015

"Femina Suprema"

    Helga Vany Freya foi uma dominadora que a muito tempo atrás (logo que descobri o BDSM com meus 13/14 anos), escrevia, dominava, vivia, e engrandecia o BDSM com antigos sites e blogs do geocities. O BDSM naquela época era disseminado através do meio virtual nos canais de mIRC #pain_and_pleasure (no qual {roger}RF traduzia os poucos textos em português sobre o tema), nos sites Desejo Secreto, alguns sites de dommes e seus subs do geocities e listas de discussão por e-mail que você poderia se inscrever por sites como terra, uol e bol.  Além de site próprio, essa Domme escrevia para outros como o extinto " Desejo Secreto". Trago este texto a seguir pra que não se percam materiais tão ricos, seja pelo valor afetivo ou até mesmo por nos remertmos a uma visão de BDSM-femdom do final dos anos 90 na internet. Não tenho a autorização do Desejo Secreto, nem de lugar algum pra postar isso aqui, mas legalmente não existem restrições, uma vez que não há mais formas de contato com esta dominadora e nem com o extinto site.  O texto original encontra-se aqui. Outro texto dela sobre 24/7 e o dia do BDSM encontra-se aqui. E aqui é relatado um encontro entre Rainha Frágil e Helga Vany Freya. Também pode ser acessado aqui a visita desta dominadora ao OWK.
   

A “Femina Suprema” e o 24/7 (Helga Vany Freyja)

INTRODUÇÃO:
Aceitei de bom grado o convite formulado pelo “Desejo Secreto” para escrever um artigo sobre o 24/7 e, de quebra, sobre o que é o conceito ” Femina Suprema”. Antes porém de entrar mais especificamente nesses assuntos, quero traçar algumas preliminares que talvez facilitem o entendimento e possam evitar interpretações distorcidas por preconceitos bastante arraigados em nossa cultura machista.
O entendimento de um conceito demanda bastante reflexão, embasada em dados colhidos de experiências concretas e sempre após observação acurada. E esta reflexão também traz como elementos subjacentes, as bases teóricas conhecidas que, como tal, estão sujeitas a interpretações variadas.
Mesmo quando se utiliza metodologia científica experimental, os fenômenos resultantes de ações que permitam o controle de grande número de variáveis conhecidas, necessitam do imprescindível estudo estatístico, para que se possa aventar qualquer tipo de “verdade científica”.
No que se refere ao comportamento humano, as variáveis são bem mais complexas e extremamente difíceis de serem influenciadas por controle externo. Daí os cuidados ainda maiores que se deve ter na interpretação de comportamentos, sob pena de que sejam formuladas conclusões apressadas, e que possam vir a se tornar “verdades” estabelecidas. E a história está cheia de eventos que comprovam tais considerações.
CONCEITOS BÁSICOS:
Tendo em mente esse preâmbulo, necessário para que não se entenda o que vem a seguir como um conjunto de “regras ou normas” absolutas, coloco alguns pontos de como vivo (experiência vivida) um relacionamento 24/7 (ou seja, não existem apenas em “cenas com hora marcada” ), sob a égide da Dominação Feminina como estilo de vida, tendo como embasamento conceitual o que pode ser chamado de “Femina Suprema”.
“Femina Suprema” ou “Supremacia Feminina” não é ‘papo’, por vezes levianamente comentado, mas trata-se de um conjunto de valores ditos “femininos” que norteiam, não só nossa relação (minha e de zepierre, com quem sou casada), mas nosso estilo de vida, isto é, o modo pelo qual eu e ele, livre e refletidamente, encaramos o mundo. E temos muitas outras amigas e amigos que também compartilham conosco esses conceitos, e até mesmo as vivências, incluindo cenas de Dominação/submissão, onde os componentes SM são postos em prática, coisa que também fazemos em nossa intimidade. Portanto, não só não “me sinto”, como não estou sozinha neste discurso. Atualmente, e por uma feliz coincidência, um dos “best-sellers” mais comentados é o livro “Todo Poder às Mulheres – Esperança de Equilíbrio para o mundo” do médico-escritor Marco Aurélio Dias da Silva, (Ed. Best-Seller) que conceitua muito bem tais valores femininos, contrapondo-os com os ditos “valores masculinos”. [Vale a pena ser lido pois possibilita o entendimento maior dos marcos conceituais que tentam quebrar as “verdades” estabelecidas pelo velho paradigma “machista-patriarcal”].
A busca da felicidade é a procura de se viver dentro do princípio da realidade interna de cada um. Dentro da verdade íntima que deve ser encarada com coragem e determinação, para que possamos estar livres no arbítrio de direcionarmos nossa própria existência, e definirmos nosso estilo de vida. O que costumo chamar de “quebras de paradigmas ancestrais” é justamente a troca desse poder dominante por uma forma mais “feminina” de viver : os valores que possam substituir a agressividade sobejamente existente e desgraçadamente sentida nos ditames da sociedade ocidental. Não quero com isso dizer de um modo maniqueísta que “feminino” é bom e “masculino” ruim. Não é isso. A agressividade é importante e deve existir, mas ser canalizada para o bem comum, para a agregação interpessoal, e não para uma competição desenfreada em busca de valores materiais, predatórios, autoritários que criam uma ilusão de poder. Deixemos a solidariedade, a compreensão, a generosidade, a bioética, direcionarem nossa existência.
Além de mulher, mãe, filha, atuando profissionalmente na área da educação, cultura e saúde, sou também uma dominadora não profissional que vive há quase 10 anos a Dominação Feminina como estilo de vida, desenvolvendo com meu marido/escravo, uma relação D/s, onde componentes SM são utilizados porque ambos temos prazer em praticar tais métodos, numa maneira consensual (portanto há limites acordados e não impostos por nenhum de nós), sã e sadia, pois há a preservação da integridade física e psíquica, com especial atenção à preservação do ego de cada um de nós.
E vivemos também, consensualmente e de um modo que procuramos aprofundar a cada dia, uma relação interpessoal instigante para nós mesmos, a muito comentada relação 24/7. E o que é isso em nossa vivência? Trata-se de uma opção consciente de “troca de poder”, ou seja, procuramos aprender e desenvolver como estilo de vida, valores que são, digamos, divergentes dos paradigmas vigentes em nossa sociedade de cultura predominantemente patriarcal, autoritária e competitiva. Essa ruptura de paradigmas ou troca de poder segue um norte dado por valores ditos femininos, que podem ser sintetizados no conceito
“Femina Suprema”. Esse conceito, insisto, não é a colocação competitiva de que “a mulher é superior ao homem”, o que apenas trocaria de sinal o que existe no bojo da cultura patriarcal que, em seus preconceitos seculares, advoga uma absurda superioridade de gênero. O conceito de “Femina Suprema” é o de supremacia do Feminino. O “poder que está acima de tudo” dentro do humano (não falo em divindades) é o Feminino, são os valores femininos. É a entrega do homem e seu ancestral poder cultural, ao poder de acolhimento, orientação, direção, que tem como sentido os valores femininos. A agressividade, a competição, a ânsia pelo poder passam a ter menos valor que a cooperação, a solidariedade, a generosidade, a ética nos relacionamentos. Isso parece utópico, mas se lembrarmos que a sociedade é construída por ações cotidianas, poderemos estar contribuindo para a transformação de consciências, e daí, da realidade. Portanto, o fato de nós vivermos o 24/7 significa que embasamos nossa vida nessa “troca de poder”. E isso trouxe paz, benquerença e felicidade a nós (e a algumas pessoas que nos cercam, sejam parentes, amigos ou companheiras(os) de D/s SM).
Assim, 24/7 é, para nós, a vivência de novos paradigmas no cotidiano de um casal que se respeita, admira e, fundamentalmente, se ama. Não é a absurda fantasia de uma “cena eterna” de chicoteamentos, castigos, punições, obediência cega de um masoquista destituído de vontades e castrado em sua personalidade para uma Dominadora insanamente sádica. Esse é o meu ( e também de zepierre) modo de entender a D/s, onde a mulher é a figura dominante da relação, e não somente de uma cena eventual.
E também é útil assinalar que, como qualquer outra relação interpessoal, trata-se de um processo contínuo e dinâmico, onde os eventos e, principalmente, os sentimentos e as sensações são captadas e discutidas, com o sentido maior de promover, sempre e sempre, a melhoria da própria relação em si, onde nossa felicidade e nosso prazer possam ser cada vez mais aprofundados. Confiança, respeito, cumplicidade, lealdade e, principalmente, amor são fundamentais para que se possa viver uma relação D/s, 24/7, um estilo de vida.
O cotidiano lúdico na Dominação Feminina 24/7 :
Nosso envolvimento começou como muitos outros. Há cerca de 10 anos, numa reunião social, os primeiros contatos permitiram o início de um namoro. Mas as características dominantes de minha personalidade mostraram a zepierre, logo nos primeiros encontros, que ele finalmente encontrara a “mulher de seus sonhos”. A Dominadora que buscara por mais de 20 anos. Daí em diante, só houve o aprofundamento da relação nos moldes já comentados, e, aí vem outro ponto importante, também no lúdico, ou seja, aconteceu a introdução e o aprofundamento dos jogos SM, que são, também, nossa forma de prazer.
E como é, na prática diária, o relacionamento de Dominação Feminina, 24/7, em nossa vida ?
zepierre é um profissional bastante respeitado em sua área profissional, tendo atuação em funções que demandam grande poder de decisão e comando sobre muitas pessoas. Por outro lado é muito bem relacionado com a família (irmãos e filhos já adultos), exercendo também um papel de liderança entre seus familiares consagüíneos. Mas, em nossa vida íntima, é meu submisso assumido, meu marido-escravo.
Nosso cotidiano é quase o mesmo de todos os casais, com a diferença de que a Dominação Feminina rege nossos atos, e os componentes SM estão muito presentes, seja como punições por comportamento inadequado, seja como jogos que fazemos nos finais de semana (quase todos), ou em reuniões com outras pessoas D/s SM, ou até em ocasiões sociais comuns, mas dentro de nossa intimidade.
Um dia comum em nossa vida, começa com um despertar por volta das 7 horas. Sempre uso o banheiro primeiro, enquanto zepierre arruma a cama e guarda as peças de roupa que usei para dormir, colocando sobre a cama já arrumada as peças de roupa que irei vestir, e que defini na noite anterior. Quando termino de usar o banheiro, chega a vez dele, desde que já tenha concluído as tarefas de arrumação do quarto. Enquanto ele usa o banheiro para seu banho matinal e demais ações (inclusive o urinar que é sempre sentado, em quaisquer circunstâncias, exceto banheiro público), preparo o café da manhã para nós e minha filha. A louça dessa refeição fica por conta dele. [ Nos finais de semana e feriados, zepierre, além de arrumar o quarto, também prepara o café da manhã].
Em seguida ele sai para o trabalho, só retornando à noite. Por duas vezes, no mínimo, nos dias úteis, vamos juntos ao clube, onde realizamos exercícios aeróbicos e um pouco de musculação. No trabalho ele tem a ordem de me telefonar pelo menos uma vez durante o dia. Se não estou em casa, deixa um recado na secretária eletrônica, e me procura no celular. Conta algumas de suas atividades naquele dia e diz alguma frase que mostre sua submissão a mim. No final do dia, ao voltar para casa, também me telefona para saber se tenho alguma instrução específica que ele precise realizar antes de chegar em casa. Desse modo mantenho um controle muito próximo, diário. E é claro que telefono a ele de modo incerto, para marcar minha presença constante, muitas vezes ordenando que vá ao banheiro e se masturbe, sem gozar. Algumas vezes, especialmente quando ele tem alguma reunião noturna, ou um evento especial em seu trabalho diurno, mando que ele vá trabalhar vestindo alguma calcinha de minha coleção, ou mesmo seu cinto de castidade de couro. Essas providências sempre o mantém ligado à sua Dona, e são excitantes para nós dois.
Chegando em casa, à noite, e minha filha não estando, zepierre toma um banho, e permanece sempre nu, ou, quando a temperatura está mais fria, mantém os genitais à mostra. Devo ressaltar que a cada 15 dias, ele faz a depilação do saco e da região perianal, alem de aparar os pêlos pubeanos, que só são raspados totalmente por ocasião dos encontros com outras Dominadoras.
Cuida do jantar e da louça, e depois, em geral, vai ao computador da manutenção da homepage. [A exceção ocorre quando precisa completar algum trabalho profissional em casa, geralmente recorrendo ao computador].
Fica trabalhando nisso, e/ou servindo minhas necessidades, geralmente massageando meus pés ou sendo usado como tapete enquanto falo ao telefone, leio ou trabalho no computador.
Por volta das 23 horas determino que vamos dormir. Faço uso do banheiro sempre antes dele. No inverno, nesse tempo, ele deita-se no meu lado da cama ( dormimos em cama de casal) para aquecer o leito. Nessa função, ele também é instruído a se masturbar, sempre sem poder gozar, para facilitar a produção de calor e aquecer melhor meu lugar na cama. No verão dorme inteiramente nu, e apenas com uma camiseta nos dias mais frios.
Nossos finais de semana começam na 6� feira. Se não saímos para programas SM ou vanila, zepierre sabe que haverá cenas, de punição e/ou treinamento. Em tais sessões coloco roupas de fetiche, e ele sua coleira, algemas e tornozeleiras de couro. Posso ou não definir que use o “cachê-sex” ou seu arreio de escravo. Confessa eventuais erros ou mau comportamento que tenha tido durante a semana, e eu defino os castigos a serem administrados. Os treinamentos são mais específicos – treinamento anal, alvo para treinamento de minhas habilidades com o chicote, treinamento de excitação prolongada (esse tipo tem, geralmente, a duração de todo o final de semana ou até de 7 a 10 dias), e outros. Algumas vezes utilizo jogos para que as ações SM sejam definidas pelo acaso. Tenho um jogo que utiliza dados (está em minha HP na seção correspondente), e um interessante jogo no computador, que ele está adaptando para colocar na HP. Esses jogos permitem que os castigos sejam escolhidos ao acaso.
Nas compras que geralmente efetuamos aos sábados, após os exercícios no clube, zepierre está sempre usando algum item que lembra sua condição de submisso, sejam as calcinhas que escolho, o “caché-sex”, o cinto de castidade, o “sutiã de tachinhas” ou até mesmo um “plug” anal. Aos sábados à noite, quando em reuniões “vanila” com amigos não SM [geralmente encontros com grupos musicais], zepierre também usa, escondidos pela roupa comum, tais “adereços”.
Os domingos geralmente são reservados para encontros com amigos ou familiares, e/ou para curtirmos o clube, um cinema, teatro, etc. Quando ficamos em casa, o comportamento adotado é o D/s SM já descrito.
Algumas regras comportamentais básicas que defini para zepierre:
1. As regras de etiqueta que definem um “cavalheiro” nas relações com as mulheres em geral, em quaisquer circunstâncias.
2. Nunca usar açúcar em bebidas em geral, incluindo café.
3. Em reuniões sociais, bebidas alcoólicas até duas doses (destiladas), ou dois copos (fermentadas). Depois somente com minha autorização, que deve ser solicitada.
4. Em casa, como já foi mencionado, os genitais devem estar sempre expostos e adequadamente depilados. Urinar sempre sentado, exceto em banheiros públicos.
5. Em reuniões D/s SM, sentar-se sempre em nivel inferior à(s) Dominadora(s), exceto quando eu der ordem contrária. Nessa ocasiões somente dirigir a palavra à(s) Dominadora(s), quando tiver autorização explícita, e nunca cortar a palavra feminina, nem comandar a conversação, salvo com meu consentimento.
6. Sexo somente sob meu comando explícito, inclusive quanto à penetração e à ejaculação. Masturbação terminantemente proibida, exceto quando sob meu comando. Manter-se em ereção sempre que comandado, em quaisquer circunstâncias.
Essas são as regras básicas gerais. Outras existem, mas são mais específicas e dependerão das circunstâncias de momento.
É claro que existem ocasiões onde nosso comportamento D/s é menos explícito, ou ganha importância não primordial. Isso ocorre em situações tais como as provocadas por eventos externos a nós – preocupações profissionais ou administrativas ocasionais, eventuais doenças próprias ou na família, problemas sérios com membros da família – ou nos finais de semana e feriados que passamos com familiares e/ou amigos “não engajados”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS :
Nas decisões de administração doméstica, aplicações financeiras, relacionamento com irmãos e filhos (meus e dele) os assuntos são discutidos como em qualquer casal. As decisões em geral são tomadas em conjunto, num consenso. Quando não se obtém tal consenso nesses casos, o que tem sido muito raro, a decisão final é minha.
Hoje procuramos divulgar essa nossa experiência, como algo concreto que poderá ser útil a quem se interessar por tais temas. Daí a construção de uma home page (www.helgavany.org), onde são mostradas as experiências que vivemos no mundo D/s SM. E também as que compartilharmos com amigas e amigos que têm os mesmos fetiches.
O criador deste “Desejo Secreto”, em e-mail privado, fez algumas considerações em relação à vivência que tenho com zepierre, correlacionando-a como uma utopia possível. E o enfoque, digamos, “filosófico” de nosso estilo de vida ficou muito bem explicitado de maneira clara, límpida, com as seguintes palavras de Lord Conrad: “A utopia é sonho, sim, mas o sonho que move o homem a fazer do seu cotidiano algo melhor, mais justo, mais humano, mais solidário. A utopia não é futuro, mas presente … Isso, essa forma de encarar o presente, mais que construir cotidianamente a utopia, é vivê-la intensamente” (grifo meu).
São Paulo, janeiro de 2001

(Fonte: http://www.desejosecreto.com.br/tops/tops01.htm




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